segunda-feira, 28 de julho de 2014

Setor frigorífico é campeão no ranking de acidentes de trabalho, afirma promotora

O setor frigorífico é o campeão no ranking de acidentes de trabalho no estado de Mato Grosso. A informação é da representante da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho no Estado, a promotora do Trabalho, Ana Gabriela Oliveira de Paula que ponderou que o auto índice recai sobre a expressividade da agropecuária no Estado. 

A prevenção de acidentes de trabalho é comemorada neste domingo, dia 27 julho. Este ano completa 40 anos da publicação das portarias 3.236 e 3.237, normas que regulamentaram a formação técnica em segurança e medicina do trabalho e atualizaram o artigo 164 da Consolidação das Leis do Trabalho.


Atualmente existem no estado quase 45 grandes frigoríficos, com exceção dos clandestinos que não são contabilizados. De acordo com a promotora, dados do anuário estatístico de acidente de trabalho do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que só em 2012, cerca de 2.355 acidentes foram registrados no setor de frigorífico de Mato Grosso. Um número que destoa com o do segundo colocado e terceiro colocado no ranking, a área do atendimento hospitalar, com 733 ocorrências e o setor da construção civil 713. 

“Quando se fala de acidentes de trabalho as pessoas sempre remetem a uma queda ou algo relacionado, mas é não é só isso, as doenças ocasionadas pelos movimentos repetitivos, por exemplo, geram grandes prejuízos ao trabalhador”, explicou Ana Gabriela.

Conforme a promotora, muitos trabalhadores que atuam em frigoríficos acabam desenvolvendo distúrbios osteomusculares – tendinite, bursite e outros - e os prejuízos na saúde não atingem apenas a pessoa. Ele gera problemas para a família além de onerar os cofres públicos com pedidos de afastamentos e aposentadorias.

Como uma forma de inibir a incidência de doenças no ambiente de trabalho no setor frigorífico o Ministério do Trabalho e Emprego publicou, em 2012, a Norma Regulamentadora de número 36.

A promotora ressalta que a criação da NR36 é um grande avanço para preservar a qualidade de vida dos trabalhadores do setor frigorífico. “Para garantir o cumprimento das regras, o Ministério Público Estadual do Trabalho atua tanto na prevenção quanto na repressão das irregularidades do meio ambiente do trabalho”.

Na época, representantes do setor de frigoríficos declararam que a aplicação das medidas que minimizariam os impactos do trabalho sobre a saúde do trabalhador seriam implantadas gradativamente, sem repasses do investimento sobre o preço da carne. 

A Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho completou dez anos em 2013. Representante estadual, a promotora Ana Gabriela destacou que é preciso ter dignidade no trabalho, e, para se ter isso é necessário um bom meio ambiente, saúde e a inibição do assédio moral. 

Irregularidades

No período de 01 de 2013 ao dia 24 de julho deste ano, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, já ajuizou mais de 50 ações civis públicas por irregularidades no meio ambiente do trabalho. O número abrange a sede e Procuradorias do Trabalho nos municípios de Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta, Água Boa e Cáceres em diversos setores do trabalho.

O Brasil foi o primeiro a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários, no dia 27 de julho de 1972. Na época, a falta de segurança e acidentes dos trabalhadores era expressivo.

Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia/374745/setor-frigorifico-e-campeao-no-ranking-de-acidentes-de-trabalho-afirma-promotora.html

Crea-RJ realiza Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho

A cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente de trabalho. O número impressiona e segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de dois milhões de pessoas morrem a cada ano devido as enfermidades relacionadas ao trabalho. O Brasil é o quarto país do mundo no ranking mundial de acidentes fatais de trabalho. Com isso, de acordo com o INSS, as despesas com acidentes e doenças profissionais atingiram R$ 16 bilhões em 11 anos.
A fim de conscientizar a sociedade sobre os cuidados com a saúde e segurança laboral, o Crea-RJ realiza, em 29 de julho (terça-feira), o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (DNPAT). O presidente do Conselho, Agostinho Guerreiro, estará presente na abertura, às 10h, na estação Carioca do Metrô. O evento vai até as 16h.
O DNPAT 2014 objetiva sensibilizar a população do custo social e econômico decorrentes dos acidentes e doenças do trabalho, bem como fomentar junto às Escolas públicas e particulares de ensino fundamental, médio e técnico, a inclusão  de noções de Saúde e Segurança do Trabalho como formação de base no processo educacional.
"Pelo terceiro ano o Crea-RJ realiza esse evento a fim de dinamizar as atividades referentes à prevenção de acidentes de trabalho. Com isso, procuramos levar informação a um grande número de trabalhadores em locais de grande circulação de pessoas", comenta Jaques Sherique, conselheiro do Crea-RJ e Coordenador do evento.
Ao longo do dia, o público poderá acompanhar painéis e ações relativos à prevenção de acidentes do trabalho com exposição de equipamentos e Técnicas de Segurança do Trabalho; de combate ao trabalho infantil, apresentação de vídeos de prevenção de segurança e saúde no trabalho, emissão de Carteira de Trabalho, além de diversas atividades relativas à Saúde como medição de glicose, aferição de pressão arterial (unidade móvel), acuidade visual,  ginástica laboral,.  
O evento, gratuito, será realizado em parceria com o Clube de Engenharia, Sobes, Sobes - Rio, MetrôRio, Abest, Fundacentro, Tribunal Regional do Trabalho - 1ª Região, Lions Clube / Fundação Armando Fajardo, Fasp-RJ e Afiaserj.

Fonte:  http://www.jb.com.br/rio/noticias/2014/07/25/crea-rj-realiza-dia-nacional-de-prevencao-de-acidentes-do-trabalho/

Petrolina registra alta de 41% nos acidentes de trabalho em 2014

Neste domingo (27), data em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a cidade de Petrolina, no Sertão pernambucano, registra um aumento significativo no número de acidentes. Segundo dados do Centro Regional de Saúde do Trabalhador (Cerest), os casos de acidentes de trabalho aumentaram de janeiro a junho deste ano, comparando com o mesmo período de 2013.
Em 2014, o centro acompanhou 65 casos no primeiro semestre e no ano passado foram 46, o que representa um aumento de 41%. Os acidentes típicos, como quedas, são registrados principalmente na área da construção civil.
Já as intoxicações e problemas na pele são as principais ocorrências na agricultura desenvolvida no município. No setor de serviços, as lesões por esforço repetitivo e transtornos mentais são as doenças que mais aparecem.
De acordo com o professor e consultor em segurança do trabalho, Paulo Barreto, ainda existem empresas em Petrolina que não têm uma política de prevenção de acidentes e saúde do trabalhador. “Às vezes são empresas pequenas que tem dois, três funcionários, e nunca tiveram noção do que seria uma política de segurança. Dai quando elas são notificadas, no momento da visita técnica a gente percebe a falta de conhecimento dos seus representantes”, comentou.
Segundo o consultor, problemas como estes acontecem, principalmente, em estabelecimentos de pequeno porte, como lanchonetes, distribuidoras de bebidas e padarias. Para que o trabalhador vítima de acidente tenha assistência previdenciária garantida, é fundamental o preenchimento da comunicação de acidente de trabalho (CAT). Caso a empresa não emita o documento, o funcionário pode procurar a unidade de saúde onde foi atendido para que o médico faça a emissão.
Mas, para evitar os acidentes, a responsabilidade também é dos trabalhadores. “Se o trabalhador não utiliza os equipamentos de proteção individual (EPI's), de acordo com o que diz a norma, ele pode ser penalizado. Essas penalizações podem ser advertências verbais, por escrito, uma suspensão ou até sua demissão”, explica Paulo Barreto.
As Gerências Regionais do Trabalho e Emprego de qualquer cidade do país recebem denúncias anônimas. Em Petrolina, a unidade funciona, de segunda a sexta-feira, na rua São Vicente de Paula, nº 168, no bairro Atrás da Banca, na Zona Central do município.

Fonte: http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2014/07/petrolina-registra-alta-de-41-nos-acidentes-de-trabalho-em-2014.html

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

27 de julho - Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho – nada mais emblemático do que a reflexão: se a economia cresce é essencial que a segurança e saúde no trabalho estejam anexadas às medidas de geração de emprego e renda – no que se refere à avaliação dos riscos e do gerenciamento de empregos. Dados divulgados no primeiro semestre pelo Ministério da Previdência Social traçam uma realidade nefasta: a cada dois dias, uma pessoa morre, em média, em decorrência de acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul (ocorreram 55.013 acidentes com trabalhadores, que resultaram em 166 mortes). No Brasil, a média é de sete mortes por dia: 2.731 em 705.239 casos. O levantamento do Ministério da Previdência Social refere-se ao cumulativo do exercício de 2012 em todo País.
 
Na comparação com o ano anterior o número de acidentes computados no Estado apresentaram queda de 5% (foram 57.905 casos em 2011). O número de mortes também caiu 3% no Estado. Para a especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e Gerenciamento Ambiental, engenheira Maria Regina Pereira Buss – diretora da Mareg Engenharia de Segurança – mesmo com a redução, as estatísticas ainda são alarmantes.
 
Ranking Indigesto
A Organização Internacional do Trabalho – OIT - coloca o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de países com alto índice de acidentes trabalhistas, atrás apenas de China, Estados Unidos e Rússia. A OIT ainda aponta o grau de descumprimento das normas de proteção para os funcionários como o principal fator gerador de acidentes no País.
 
“Em primeiro lugar é imperativo deixar de classificar o acidente à fatalidade, infortúnios ou até mesmo culpa do trabalhador. O mesmo conta com treinamento e está munido de equipamentos de segurança adequados? Tudo isso deve ser avaliado”, considera a especialista.
 
Perfil das vítimas e setores de maior ocorrência
De acordo com a Previdência, os segmentos onde se dão mais acidentes são: serviços, comércio e reparação de veículos automotores, saúde e serviços sociais e construção civil. Já os membros superiores são os mais afetados em acidentes - lesões em mão e punhos, que totalizam 35% dos casos. Além disso, cerca de 70% dos casos envolvem homens, com idades entre 25 a 29 anos.
 
O que não está nas estatísticas?
Segundo a engenheira, a verdade é mais grave do que se imagina. Na medida em que a Previdência registra apenas situações que envolvam trabalhadores devidamente registrados – ou seja, 50% da população economicamente ativa, desconsidera a informalidade e os autônomos.

Fonte: http://www.expressomt.com.br/nacional-internacional/27-07-dia-nacional-de-prevencao-de-acidentes-de-trabalho-108730.html